Tópicos
- Aos Leitores (20)
- Breves (968)
- Cartas (44)
- Cultura (41)
- Economia (152)
- Editorial (76)
- Efeméride (50)
- Liberdades (504)
- Mundo (879)
- País (1360)
- Política (1356)
- Sociedade (249)
- Trabalho (446)
- Tribuna (15)
- Ver-Ouvir-Ler (37)
Links
Número de consultas:
(desde 7 Outubro 2007)
Última actualização do site:
31 Dezembro 2024
Tópico: Pergunta-Resposta
Onde está a origem da crise?
8 Setembro 2007
Quando uma empresa está em tão más condições que os direitos dos trabalhadores impedem a sua reestruturação e acaba tudo na falência, não é o trabalho que está a “explorar” o capital ?
Na relação do capital com o trabalho, “exploração” é uma noção precisa. Explorar significa apropriar-se de uma parte do valor produzido pela força de trabalho. No trabalho assalariado, o salário paga apenas uma parte do valor que o trabalhador produz. A diferença entre o valor do que foi produzido e o valor pago pelo capitalista em salários é uma mais-valia que o capital guarda para si. Com essa mais-valia paga as demais despesas da produção e o que sobra é o lucro. O lucro é, portanto, uma parte da mais-valia produzida pela força de trabalho. É esse lucro que faz crescer o capital. O capital vive, assim, à custa de trabalho não pago – portanto, não pode haver, por definição, exploração do capital pelo trabalho.
Riscos, perdas e ganhos
Um empresário não deve ser premiado, pelo seu risco e iniciativa ? Sobretudo se for um trabalhador que, através do seu empreendedorismo, formou uma empresa e colocou lá todo o dinheiro que juntou com o seu trabalho e pode acabar sem nada?
Empresário, risco, iniciativa, empreendedorismo são termos equívocos. Falemos, mais simplesmente, de alguém que possui um capital (um capitalista, portanto) e o aplica numa operação lucrativa, por exemplo uma empresa. Postas as coisas assim, pouco importa a origem social da pessoa; o mecanismo de valorização que vai pôr em marcha obedece aos mesmos princípios, seja ele filho de burgueses, seja um trabalhador que passa à condição de capitalista.