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Tópico: Economia
O Polvo chega aos CTT
24 Dezembro 2008
Os tentáculos do Polvo que tinha por cabeça a SLN/BPN estendiam-se a várias empresas bem conhecidas, nomeadamente aos CTT. Quando Carlos Horta e Costa era seu presidente, os CTT participaram num negócio de milhões de euros com a SLN/BPN, relativo à aquisição de viaturas, actualmente a ser investigado. Através de uma adjudicação de favor a um dos tentáculos da SLN, os CTT terão pago pelo fornecimento de viaturas mais 2 milhões de euros do que deviam. Outro negócio dos tempos de Horta e Costa, que também está a ser investigado, é o que diz respeito ao pagamento de comissões na venda de um edifício dos CTT em Coimbra. E o Polvo não acaba aqui!
A crise: imagem da irracionalidade do capitalismo
Manuel Raposo — 16 Dezembro 2008
Nas notícias e nos comentários sobre a crise financeira domina a ideia de que a causa do descalabro está no comportamento de determinados agentes económicos. O exagero dos empréstimos de alto risco, a ganância, a falta de controlo das operações de crédito, etc., são apontados como origem do problema, e sugere-se mesmo que uma eficaz fiscalização teria evitado que se chegasse a tal ponto.
Duas nações
3 Dezembro 2008
Pela segunda vez, o governo abre linhas de crédito às empresas. Desta vez são 1400 milhões de euros que se somam ao pacote de 1700 milhões destinado às pequenas e médias empresas. Os sacrifícios impostos à população trabalhadora durante os últimos três anos para controlar o défice foram um modo de salvaguardar o lucro das empresas, enquanto a crise não vinha. Uma vez desencadeada, é desses mesmos sacrifícios, agora agravados, que vêm os milhões dados às empresas a título de salvamento da economia “nacional”. Há assim uma nação que paga e uma nação que recebe.
Sistema financeiro em pane
30 Novembro 2008
Num relatório de Novembro, o BPI receia que o sistema financeiro português não dê resposta às necessidades de financiamento dos privados e das empresas. Motivos: a) o crédito bancário representa 70% dos meios de financiamento da economia portuguesa, isto é, a maioria das empresas não tem meios próprios de financiamento; b) o disparar do crédito nos últimos anos não foi acompanhado pelos depósitos, o que levou a banca a endividar-se no estrangeiro; c) depois de a crise financeira ter afundado a economia, agora é a quebra da economia a retirar meios ao sector financeiro. Quem disse que o sistema financeiro português era “imune” desvalorizou os laços entre as economias do capitalismo mundial.
Uma ajuda aos saltimbancos
28 Novembro 2008
O ministro do Trabalho desmentiu o presidente da Segurança Social sobre o destino de 300 milhões de euros da Segurança Social depositados no falido BPN. José Gaspar, do IGFSS, afirmou que, no Verão, o governo levantou aquela quantia, de um total de 500 milhões, quando já sabia da situação crítica do banco. Mas Vieira da Silva garantiu não ter havido levantamento, apenas um “movimento de tesouraria”. Tesouraria ou não, o certo é que o governo tinha 500 milhões num banco especializado em trafulhices; e que ainda lá terão ficado 200 milhões. Isto, mais os mil milhões aplicados para salvar o BPN é para já a “nossa” contribuição, decidida pelo governo, para ajudar a trupe de Oliveira e Costa.
A vantagem das crises
Ismael Pires — 18 Novembro 2008
Nem tudo é mau nas crises. A crise do Banco Português de Negócios (BPN) tem a virtude de mostrar, a quem ainda tivesse dúvidas, a verdadeira face dos políticos pertencentes ao bloco central de interesses que governa Portugal há décadas. E saem dela todos irremediavelmente esturricados.
A “nacionalização” do BPN
Pedro Goulart — 7 Novembro 2008
O governo de José Sócrates anunciou no dia 2 de Novembro, após uma reunião extraordinária do conselho de ministros, a apresentação de uma proposta à Assembleia da República com o objectivo de nacionalizar o BPN (Banco Português de Negócios). A justificação para este acto do governo centra-se na situação de falência técnica em que se encontrava o banco, com perdas acumuladas de 700 milhões de euros, na necessidade de assegurar os depósitos de alguns milhares de portugueses (incluindo as centenas de milhões de euros da Segurança Social que lá se encontram), assim como em tentar evitar a contaminação de todo o sistema financeiro.
Salários chorudos
28 Outubro 2008
O economista Vítor Bento, ao falar no Fórum da Competitividade, manifestou-se contra os aumentos propostos pelo Governo para o salário mínimo nacional (assim como para a Função Pública), considerando que “nas presentes condições da crise isso é um tremendo erro macroeconómico”. O ex-dirigente da CIP, Pedro Ferraz da Costa, o actual dirigente desta mesma associação patronal, Francisco Van Zeller, a dirigente do PSD, Manuela Ferreira Leite, assim como vários outros economistas e empresários, também pensam do mesmo modo. Seria interessante verificar como esta gente era capaz de viver com um salário mensal de 450 euros!
A crise e as suas consequências
José Luís Félix — 24 Outubro 2008
Em meu entender nos dias de hoje o sistema capitalista esgotou as capacidades que lhe permitam dar uma resposta positiva aos problemas com que se depara e não consegue satisfazer as necessidades do conjunto das populações do globo. Isto tudo apesar das capacidades de produção terem atingido uma dimensão sem paralelo na história da humanidade, mas a distribuição é distorcida e a obtenção generalizada de bens e serviços só se encontra ao alcance daqueles que têm capacidade aquisitiva. Mesmo segundo os paradigmas do sistema, iníquos e destrutivos, a sede do lucro que é o principal móbil do sistema não encontra saídas que permitam satisfazer as necessidades básicas das populações.
Salário justo e desemprego ideal
Pedro Goulart — 21 Outubro 2008
São vários os economistas de serviço que se afadigam a demonstrar a bondade do sistema capitalista e a excelência das suas teorias económicas. Daniel Amaral tem sido um deles. E bastante persistente. Ao longo dos anos, em vários jornais e revistas, nomeadamente no Expresso, na Visão e no Diário Económico, tem-se esforçado na defesa da competitividade das empresas, sobretudo através do recurso à diminuição da parcela dos salários no PIB (Produto Interno Bruto). E, apesar das suas boas relações nos meios empresariais, tem procurado fazer-nos acreditar na independência das análises com que habitualmente nos presenteia.