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Tópico: Economia
O antiterrorista
20 Julho 2009
António Nunes, presidente da Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) acaba de obter um Mestrado com 18 valores na Universidade Nova de Lisboa. Talvez a tese que defendeu – subordinada ao tema “Terrorismo, novos terrorismos e segurança interna em Portugal” – ajude a explicar a sanha repressiva com que a ASAE muita vez actuou. Na dissertação, António Nunes contou com um júri onde participaram conhecidas figuras da direita portuguesa ligadas aos serviços de informações: Jorge Bacelar Gouveia, presidente do Observatório de Segurança, Crime Organizado e Terrorismo, José Manuel Anes, especialista em terrorismo islâmico e Heitor Romana, director de formação do SIS.
“Recuperação” económica faz-se à custa do emprego
Manuel Raposo — 30 Junho 2009
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) divulgou em 24 de Junho uma visão optimista sobre a evolução da crise económica. Fala mesmo em luz ao fundo do túnel. Mas, vistas as coisas em concreto, a luz não será para todos.
Salários reais e desemprego
Um estudo do instituto alemão IZA, da autoria de três economistas portugueses, conclui que cada ponto percentual de aumento da taxa de desemprego se traduz numa diminuição de 1,1% a 1,4% no salário real de quem está a trabalhar e de 2,3% a 2,8% para os novos contratados. Isto explica-se pelo congelamento ou pela subida abaixo da taxa de inflação dos salários de quem está a trabalhar e pelo recurso a salários mais baixos para os novos contratados. Assim, para os patrões e os seus economistas de serviço, um grande número de desempregados pode ser útil para aumentar a “competitividade” e ajudar à saída da crise!
O assalto a África
14 Junho 2009
Um estudo da FAO (organização da ONU para a alimentação e agricultura) revela que, em África, 2,5 milhões de hectares de terras férteis foram comprados, desde 2004, em apenas cinco países – Etiópia, Gana, Madagáscar, Mali e Sudão. Os compradores são maioritariamente estrangeiros e grande parte das terras destinam-se a culturas para biocombustíveis. Milhares de camponeses pobres estão assim a ser privados dos seus terrenos de cultivo ao mesmo tempo que a produção alimentar tenderá a diminuir. Vem aí mais fome, portanto; e não vai faltar, no mundo ocidental, quem depois lamente o “atraso” dos africanos.
De consciência limpa e bolsos cheios
13 Junho 2009
No âmbito do inquérito parlamentar ao caso BPN, a direita não se cansa de pedir a cabeça do governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, para ganhar pontos ao PS. Constâncio defende-se dizendo que a supervisão do BP não falhou e afirma-se de “consciência limpa”. De certo modo tem razão: é que o papel do BP não é entravar os negócios da banca, especialmente quando eles correm de feição. Por isso mesmo, Constâncio se mostrou sempre muito mais zeloso ao longo dos anos no aconselhamento de governos e patrões a “moderarem” o aumento de salários dos trabalhadores. É para isso que recebe um chorudo ordenado.
Fala quem sabe
3 Junho 2009
A mais interessante declaração de Oliveira e Costa, ex-presidente do Banco Português de Negócios, na comissão parlamentar de inquérito às fraudes no banco, não foi sobre as mentiras do seu parceiro e conselheiro de Estado Dias Loureiro, coisa que toda a gente já sabia. Foi a afirmação de que, se todos os bancos portugueses fossem investigados como o BPN, a banca entraria em colapso.
Os lucros dos bancos
1 Junho 2009
Apenas nos três primeiros meses deste ano os cinco maiores bancos que operam em Portugal (CGD, BES, BCP, BPI e Santander Totta) obtiveram 533 milhões de euros de lucro. Estes milhões de lucros foram conseguidos, em grande parte, à custa do aumento do preço dos serviços bancários e das elevadas margens impostas no crédito à habitação. Desde 2005, quando José Sócrates assumiu o governo, estes grupos financeiros já embolsaram 9.260 milhões de euros de lucros. A crise, portanto, não é para todos: a pobreza crescente da população trabalhadora é o reverso da acumulação de capital.
“Patrões, não pagaremos a vossa crise!”
Manuel Vaz (em Paris) — 19 Abril 2009
A crise aguda do sistema capitalista conduz os actores políticos e económicos da burguesia a batalhar em diversas frentes para suster o fim do mundo (capitalista): introdução maciça de capitais no sistema bancário ameaçado de falência, nacionalizações parciais ou totais do sector, destruição de capital pela baixa acentuada do preço das mercadorias em super-abundância, supressão ou paralisação de segmentos inteiros da produção.
As crises na era senil do capitalismo
Jorge Beinstein / MV (adaptado de www.rebelion.org) — 17 Abril 2009
A crise actual do capitalismo é mais uma das muitas que o sistema superou na sua história, ou o que está em causa é algo de novo, a ponto de os remédios do passado não servirem? O que está em causa: mais um ciclo de “renovação”, ou a sobrevivência do próprio capitalismo? São estas questões importantes que o artigo (aqui abreviado) do economista argentino Jorge Beinstein aborda. A resposta da parte dos trabalhadores, que é o campo que nos interessa, depende do conhecimento do que se passa diante dos nossos olhos.
Lista dos maus offshores
5 Abril 2009
Na sequência da cimeira do G20, a OCDE apresentou uma lista dos “maus” offshores: entre eles, os da Costa Rica, Malásia, Filipinas e Uruguai. Por outro lado, os dos EUA, da China e do Reino Unido (nomeadamente o conhecido paraíso fiscal das Ilhas Caimão), onde se concentra grande parte dos dinheiros escondidos do fisco, ficaram de fora desta categoria. É de prever, assim, que as promessas de sanções, decididas naquela cimeira para calar a opinião pública, se traduzam em quase nada.