Tópicos
- Aos Leitores (20)
- Breves (968)
- Cartas (44)
- Cultura (41)
- Economia (154)
- Editorial (76)
- Efeméride (50)
- Liberdades (508)
- Mundo (883)
- País (1363)
- Política (1361)
- Sociedade (250)
- Trabalho (446)
- Tribuna (15)
- Ver-Ouvir-Ler (37)
Links
Número de consultas:
(desde 7 Outubro 2007)
Última actualização do site:
27 Março 2025
Desta vez, ninguém disse “Je suis kurde”
Manuel Raposo — 31 Dezembro 2022

O atentado a tiro que, na semana passada, em Paris, matou três curdos e feriu outros tantos suscitou a indignação da comunidade curda imigrada em França e desencadeou enormes manifestações de protesto. A reacção das autoridades francesas seguiu o padrão regimental nestas coisas: dar o acto como resultado do desvario de um indivíduo desequilibrado e, deste modo, inocentar a sociedade francesa e descartar hipóteses de conspiração que levem às raízes políticas do problema.
Lições da instabilidade política na América Latina
Editor / John Catalinotto — 14 Dezembro 2022

A guerra na Ucrânia concita todas as atenções políticas do momento. Especialmente para as populações europeias, as razões são fáceis de entender: um conflito militar ao pé da porta, escassez de bens, carestia, aumento da pobreza, ataque ao Estado Social. Mas as atenções do imperialismo, concretamente dos EUA, não se ficam pela Ucrânia ou a Europa. Recentes ataques aos regimes políticos do Peru, da Argentina e do México mostram que os EUA não desistem facilmente da ideia prepotente de que o Continente é um seu quintal.
Ponto de mira
Notas sobre a pequena política
Editor — 1 Dezembro 2022
Nunca a agitação partidária do país pareceu tão intensa como quando, em final de março, se formou um governo com a possibilidade, pelo menos formal, de durar quatro anos. A “estabilidade” que as classes dominantes reclamavam a cada passo — contra a “instabilidade” atribuída aos governos ditos da Geringonça — deu lugar, afinal, logo após as eleições de janeiro, a uma espécie de pânico mal contido. Que parece durar até hoje.
A guerra num ponto de viragem?
Manuel Raposo — 21 Novembro 2022

As informações divulgadas nos últimos dias sobre a guerra na Ucrânia, apesar de fragmentárias e mesmo contraditórias, parecem apontar num sentido: os EUA estarão a pressionar os dirigentes ucranianos para aceitarem negociações com a Rússia. A confirmar-se, será uma viragem significativa da posição dos EUA e do Ocidente em relação ao curso do conflito — aparentemente dando razão às posições de países como a Turquia ou a China, que sempre advogaram uma solução negociada, mas também a Hungria ou a Sérvia que resistiram à política europeia e norte-americana de sanções contra a Rússia e de lançar achas na fogueira.
Przewodów. Ridículos, se não fossem criminosos
Urbano de Campos — 17 Novembro 2022

O incidente com o míssil que, anteontem, 15 de novembro, atingiu a Polónia é um espelho. Espelho da paranóia dos dirigentes ucranianos e dos seus mais fiéis comparsas, espelho dos níveis de perversão atingidos pela comunicação social. Mas talvez, em final de contas, alguns dos estilhaços do míssil de Przewodów caiam na cabeça de Zelensky, dos seus colegas de governo e dos seus adeptos, dentro e fora da Ucrânia.
Bilionários altamente poluentes
Editor / Jessica Corbet — 10 Novembro 2022

É sentimento comum que as discussões e as resoluções que visam travar as alterações climáticas resultantes da acção humana não produzem efeitos práticos. As diversas cimeiras do clima assim o mostram de ano para ano, por mais apelos que sejam feitos aos poderes públicos, por mais metas que sejam estabelecidas, por mais dramáticos que sejam os discursos, como o que o secretário-geral da ONU, António Guterres, voltou a fazer, desta vez no Egipto. Não é de esperar que a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que decorre em Sharm El-Sheikh, dê resultados diferentes.
Afonso Gonçalves
Editor — 2 Novembro 2022
Na passada sexta-feira, 28 de outubro, morreu Afonso Gonçalves, companheiro de há largo tempo. Tinha 77 anos. Foi professor de profissão. Militou na esquerda antifascista antes de 1974. Mais tarde, acompanhou de perto as actividades do colectivo que publicou, durante mais de vinte anos, a revista Política Operária, dirigida por Francisco Martins Rodrigues. Era leitor assíduo do Mudar de Vida, para cujas páginas frequentemente enviava os seus comentários críticos. O último é de 15 de setembro deste ano, a respeito das exéquias de Isabel II. Aí fustigou “a vassalagem deprimente” dos repórteres portugueses, os “comentadores serventuários” e “o folclore medíocre” que o Reino Unido então apresentou ao mundo.
Pôr fim à guerra: uma voz solitária no Parlamento Europeu
Editor / Clare Daly — 30 Outubro 2022

Apesar de a UE não ter um quadro legal que lhe permita acusar um país terceiro de patrocinar o terrorismo de Estado, o Parlamento Europeu levou a cabo em 18 de outubro um debate acerca do assunto sob pressão das autoridades ucranianas. Dias antes, o Conselho da Europa fizera o mesmo, com direito a discurso de Zelensky, pois claro. Em ambas as sessões, o alvo, evidentemente, foi a Federação Russa, e o propósito declarado foi o de forjar, pelo menos no plano moral e da propaganda, uma condenação das autoridades russas para lá do quadro específico da guerra.
Ucrânia, Palestina: os duplos padrões do Ocidente
Editor / Jonathan Cook — 22 Outubro 2022

As contradições gritantes do Ocidente no tratamento da guerra da Ucrânia e da ocupação da Palestina deviam servir para despertar a opinião pública da hipnose em que é mantida acerca da guerra, tanto num como noutro caso. É o que defende Jonathan Cook ao pôr em evidência os duplos padrões do Ocidente quando compara estes e outros conflitos da actualidade. O monopólio da informação que é levada ao grande público por todos os meios ao dispor dos estados ocidentais confere-lhes, sem dúvida, uma vantagem esmagadora no condicionamento das mentalidades. Mas não lhes dá razão.
Ponto de mira
Uma dívida que não é nossa, uma guerra que não queremos
Editor — 13 Outubro 2022
Quer o Orçamento do Estado quer o “acordo de rendimentos” firmado há dias na Concertação Social consagram a perda de poder de compra dos trabalhadores diante da inflação. Nem os salários são aumentados ao nível da carestia, nem a especulação com os preços é travada. Esta espoliação marca a linha política do Governo e mostra — para lá de todas as “ajudas” e de todo o palavreado — quais as classes sociais que o Governo sacrifica no altar da crise económica.