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A Comuna: viva há 152 anos
Editor — 18 Março 2023

Em 18 de março de 1871, o povo de Paris tomou conta do poder. Respondeu assim à derrota sofrida pela França na guerra com a Prússia, iniciada um ano antes, na qual Napoleão III tinha envolvido o país. A guerra imperialista franco-prussiana transformou-se em guerra civil; o proletariado apontou armas à burguesia e ao poder da Terceira República.
A exploração de trabalho infantil nos EUA
Editor / Workers World — 17 Março 2023

Como a base da civilização é a exploração de uma classe por outra classe, alertava Friedrich Engels em 1884, cada progresso da produção é simultaneamente um retrocesso na situação da classe oprimida. Poderia pensar-se que, século e meio volvido, tal drama tivesse sido ultrapassado e que o “crescimento económico” proporcionasse óbvio bem-estar às populações colocadas na senda do “progresso”. O dia a dia dos trabalhadores de hoje, em todos os cantos do planeta, desmente tal ideia. Mas a denúncia recente de exploração de mão-de-obra infantil nos EUA vem dar ao caso uma outra dimensão.
A eterna questão da habitação
Manuel Raposo — 9 Março 2023

Bastou o Governo anunciar umas tímidas propostas de remedeio da desgraçada situação habitacional do país, para que a direita, num reflexo salazarista, viesse acusar António Costa de “comunista” e alcunhar as medidas como um atentado à sacrossanta propriedade privada. Os actores de tal histeria sabem bem que ninguém no governo é “comunista”, nem a propriedade privada está em risco. Tamanho coro de queixas exaltadas serve para gerar confusão e lançar mais uma acha na fogueira da luta partidária. Mas, sobretudo, serve para travar à partida qualquer tentativa de bulir com a liberdade dos proprietários fundiários e dos investidores financeiros de especularem à vontade com o parque habitacional e a construção.
Mulheres de todo o mundo, uni-vos!
Editor — 8 Março 2023
No ano passado, de janeiro a novembro, foram assassinadas em Portugal 28 mulheres, 25 delas em contexto familiar ou de intimidade. Nas tarefas domésticas, as mulheres portuguesas arcam com 87% do tempo e os homens 12%. A taxa de pobreza e de desemprego é maior entre as mulheres. (Dados da UMAR e da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género, 2022)
Ponto de mira
A liberdade não está a passar por aqui
Editor — 20 Fevereiro 2023
O presidente da República não achou melhor maneira de marcar o primeiro aniversário da guerra na Ucrânia do que condecorar o seu colega Zelensky com o Grande-Colar da Ordem da Liberdade.
Não nos devemos espantar. Um regime que assinalou recentemente a morte de Adriano Moreira como se ele tivesse sido um dos maiores vultos da política nacional — sem dizer uma sílaba sequer sobre o seu passado colonialista e fascista, nunca retractado — um regime assim define-se a si mesmo, e dele se pode esperar tudo.
O que nos dizem as sondagens sobre a guerra
Urbano de Campos — 12 Fevereiro 2023

Sondagens de opinião feitas ao longo do ano passado desmentem que a população europeia esteja de alma e coração com a política da UE e da Nato a respeito da Ucrânia, como a monocórdica e esmagadora propaganda oficial pretende fazer crer. Ao contrário, revelam uma percentagem muito significativa de pessoas que se manifestam pelo fim rápido da guerra, mesmo que a Ucrânia tenha de ceder território. Esta posição tende a aumentar com o agravamento dos efeitos económicos do conflito e das sanções, e ganha maior expressão sobretudo entre as classes sociais com menores rendimentos.
Imigrantes mortos? Foi um azar…
Editor / MAR – Movimento Anti-Racista — 10 Fevereiro 2023

O incêndio que, no centro de Lisboa, matou dois imigrantes e feriu mais catorze foi motivo para todas as lamentações e condolências imagináveis por parte dos poderes públicos: Junta de Freguesia, Câmara Municipal, Presidência da República, Governo. Esta tragédia, no entanto, apenas veio pôr a descoberto uma situação de todos conhecida: a miséria e a marginalização em que a mão-de-obra imigrante é mantida.
Até quando a guerra vai ser tabu?
Manuel Raposo — 3 Fevereiro 2023

Dezenas de jornalistas e opinadores gastaram horas de comentários sobre a recente entrevista televisiva do primeiro-ministro. Escalpelizaram tudo: inflação, aplicação dos fundos europeus, dívida pública, luta dos professores, demissões no Governo, escândalos na TAP. Mas, apesar de todo este afã analítico, ninguém teve a ousadia de trazer à baila a questão da guerra na Ucrânia no que respeita à posição do Governo e do Estado. António Costa deu-se assim ao luxo de mencionar de passagem a guerra como mais um incidente “inesperado”, a par da pandemia ou da inflação, como coisa com que ninguém estaria a contar e que, como um golpe de vento, veio perturbar o bom rumo da governação.
Ponto de mira
Cruzada moralizadora
Editor — 21 Janeiro 2023
Como o PS faz a política de que o patronato precisa de momento, a direita não tem política que se veja. A política do Governo é esta: calar a boca aos pobres e assalariados com umas migalhas, enquanto o Estado paga a colossal dívida dos privados com dinheiro público, ao mesmo tempo que os abastece de capital fresco, gratuitamente e a rodos, com as verbas do PRR.
Sem política própria, resta à direita a intriga e o trabalho de sapa. O surto de denúncias de corrupção, de incompatibilidades, de “falta de ética”, etc. — de parte a parte, entre as forças do poder e adjacências — apenas revela de forma concentrada e em catadupa a corrupção e o compadrio de que se alimentam as classes dominantes.
Subitamente, o nazismo ucraniano deixou de existir…
Urbano de Campos — 6 Janeiro 2023

A desvalorização que o mundo ocidental, empenhado até às orelhas no apoio à Ucrânia, faz do nazismo ucraniano é, simultaneamente, um sinal da debilidade das suas convicções democráticas e uma demonstração de falta de princípios na guerra que conduz contra a Rússia. Quando recentemente o ministro russo Lavrov lembrou de novo que um dos objectivos da ofensiva russa iniciada em 24 de fevereiro era a desnazificação da Ucrânia, choveram os costumeiros argumentos da troika EUA-UE-Nato de que tudo não passava de um pretexto da Rússia para desencadear a operação militar.