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Afinal, quem promove o fascismo?
Manuel Raposo — 30 Setembro 2022

Cem anos depois de Mussolini ter chegado ao poder, o fascismo volta a governar a Itália. A vitória anunciada de Giorgia Meloni não mereceu, ao longo de semanas, quaisquer comentários da parte dos líderes europeus, parecendo que todos eles encaravam o caso, não só como inevitável, mas também como normal e aceitável. Apenas nas vésperas do dia da votação a porta-voz dos eurocratas, Ursula von der Leyen, resolveu lançar um aviso, tão inútil como estúpido, brandindo a ameaça de sanções se os novos governantes de Itália não se comportassem pelas regras de Bruxelas.
O significado de “reconstruir” a Ucrânia
Editor / Michael Roberts — 23 Setembro 2022

As notícias e discussões sobre a guerra na Ucrânia, essencialmente centradas sobre os confrontos militares e políticos, têm deixado na sombra operações de outra ordem, decorridas nos bastidores internacionais do poder, que são cuidadosamente furtadas à opinião e ao julgamento públicos. Estão neste caso as repetidas reuniões à volta da “recuperação” ou da “reconstrução” da Ucrânia. Estas iniciativas, apresentadas como gestos de solidariedade e de apoio, mal mascaram as ambições económicas do capital ocidental a respeito dos recursos naturais da Ucrânia, entre eles a sua imensa riqueza agrícola.
Ponto de mira
Circo sem pão
Editor — 15 Setembro 2022
Ainda nos falta suportar quase uma semana de reportagens até ao funeral de Isabel II. O ror de horas de transmissões televisivas, o batalhão de repórteres vestidos de luto especialmente enviados para debitarem todas as banalidades, as louvaminhas a uma aristocracia absolutamente corrompida, a convocação de testemunhos bacocos sobre as finuras do protocolo ou as virtudes da monarquia — tudo isso junto é revelador do estado de morte cerebral das classes dominantes do país. Mas é também o circo com que contam distrair a populaça (por quanto tempo?) da guerra, do abismo económico, da degradação da vida diária, da falta de futuro.
Ministro dos fardamentos
Urbano de Campos — 3 Setembro 2022

O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, fez questão de ir a Kiev no dia da independência da Ucrânia, a 24 de agosto. Falou com Zelensky depois de, dizem as notícias, ter de se refugiar num bunker devido a uma ameaça de bombardeamento. Este episódio excitante valeu-lhe um rasgado elogio de um comentadorzeco da CNN Portugal pela “coragem física” demonstrada… Resultados da visita, segundo Cravinho: manifestar apoio a Zelensky (pela enésima vez) e receber de Zelensky um pedido de fardamentos novos. Só isso?
A quem serve a fantasia de uma vitória ucraniana?
Editor / William Schryver — 26 Agosto 2022

Não é vocação destas páginas olhar para a guerra na Ucrânia pelo lado estritamente militar. O artigo a que damos divulgação, contudo, embora centrado nas operações militares, permite abordar questões de natureza política que nos parecem de primeira importância. Uma das quais é esta: não estando à vista, nem sendo plausível, uma vitória dos ucranianos na guerra, por que razão insistem Zelensky e os seus apoiantes ocidentais (EUA, Nato, UE) em recusar negociações com a Rússia e em afirmar que o conflito só terminará com a expulsão completa das tropas russas?
Amnistia Internacional: uma denúncia incómoda
Editor / Batko Milacic — 14 Agosto 2022

A comunicação social passou como gato sobre brasas pelo relatório da Amnistia Internacional que denuncia crimes de guerra cometidos pelo exército ucraniano. De facto, o documento não só revela as violações do direito humanitário do lado ucraniano como, por essa via, coloca em causa a acusação — até agora inteiramente unilateral — acerca dos alegados crimes cometidos pela parte russa. Não admira pois que o relatório, divulgado a 4 de agosto, tenha sido rapidamente remetido a um completo esquecimento.
Onde não dominam, os EUA criam o caos
Manuel Raposo — 10 Agosto 2022

Enquanto se declaram dispostos a prolongar a guerra na Ucrânia “pelo tempo que for necessário”, os EUA dedicam-se a criar novos focos de tensão em diversos pontos do mundo, num propósito de ameaça e exibição de força. Três acontecimentos o revelam: a visita a Taiwan da congressista Nancy Pelosi, a terceira figura do Estado, desafiando a China; a instigação das autoridades do Kosovo contra a população sérvia, provocando a República Sérvia e a Rússia; e o assassinato de um líder da Alcaida no Afeganistão, com o objectivo de manter o governo dos talibãs debaixo de fogo.
Mais uma guerra?
Editor / Sara Flounders — 6 Agosto 2022

O artigo que divulgamos, centrado na visita de Pelosi a Taiwan, põe o foco no facto de o poder norte-americano estar a criar condições para um confronto militar com a China na região do Pacífico. Ao mesmo tempo, mostra as razões de competição económica que levam os EUA a provocar a China e a colocar o mundo um passo mais à frente no caminho da guerra. Não se pode desligar estes acontecimentos nem do conflito na Ucrânia, em que o Ocidente empenha esforços para debilitar a Rússia, nem das decisões tomadas na recente cimeira da Nato, em Madrid, na qual os EUA manifestaram abertamente o propósito de estender o seu braço armado até ao Extremo-Oriente.
O estado da nação: omissões de um debate
Urbano de Campos — 28 Julho 2022

António Costa e o Governo saíram por cima no debate parlamentar sobre o estado da nação. Não foi difícil. Apesar de todas as críticas, as diversas oposições não beliscaram o nervo da situação presente: a calamidade que atinge as classes trabalhadoras em resultado da crise económica e da guerra. Com efeito, não é “o país” em geral — como se tornou cómodo dizer na linguagem de consenso das lides parlamentares — que é fustigado, mas sim as classes mais pobres, mais penalizadas e mais desprezadas da sociedade.
Cimeira da Nato: marco histórico, diz o governo
Manuel Raposo — 10 Julho 2022

A cimeira da Nato, realizada em Madrid em final de Junho, não podia ser mais explícita sobre o papel da Aliança na defesa dos interesses dos EUA. A unanimidade que dela saiu não esconde o facto de as decisões aprovadas serem em tudo ditadas pelos propósitos norte-americanos de combater a influência crescente da China e da Rússia, arrastando para mais essa aventura os aliados que se deixarem levar.