Polícias italianos condenados por brutalidades durante a reunião do G8 em Génova
Centro de Mídia Independente (Brasil) / MV — 17 Julho 2008
Depois de sete anos de batalhas judiciais, um tribunal de Génova condenou 15 polícias italianos por crimes e agressões contra activistas anti-G8 em 2001. As agressões pelas quais foram condenados ocorreram num ataque à escola Diaz, um espaço de convergência utilizado pelos manifestantes. Nessa ocasião, dezenas de pessoas foram presas, torturadas e humilhadas pelas forças repressivas. No local funcionava uma rádio, que transmitiu o momento exacto em que a escola era invadida e os manifestantes atacados.
Embora aquela condenação represente uma vitória da justiça, nem todos os polícias envolvidos foram condenados. Trinta polícias já haviam sido absolvidos das acusações, e os 15 condenados apenas serão presos depois de terem esgotado todas as possibilidades de recurso, o que, de acordo com a legislação italiana, pode levar anos. Até lá, os polícias permanecerão em liberdade.
Esta notícia chega no momento em que activistas e manifestantes são presos em mais uma rodada do G8, dessa vez no Japão. No dia 12 de Junho foi convocada uma jornada de acção global em solidariedade com os presos. Enquanto a polícia e os países ricos insistem em afirmar que violência será a resposta à resistência, nós insistimos em afirmar que o G8 não é a solução para o mundo, mas sim o problema.
(Confrontar com o artigo “Um total de 110 anos de prisão para 24 activistas”, que publicámos em 17 de Dezembro de 2007)