Com a corda na garganta

28 Junho 2008

A quem me estiver a ler, aqui fica a minha reflexão. Acham que o problema é só dos que têm vindo para a rua protestar? Dos que tiveram a coragem de fazer greves e paralisações? Acham que são todos uns perigosos comunistas que vos roubarão a casa e o pão que ainda comem?
Estão contentes e felizes com este governo e ainda acreditam na propaganda dele?
Julgo que não. E mais. Quando vos dizem que não há outra forma de equilibrar o famigerado deficit senão aumentar escandalosamente os impostos que todos nós e as pequenas emédias empresas religiosamente pagam, por que razão não se cobra a quem mais lucro especulativo tem?
A que título não existe um imposto sobre as grandes fortunas?
A que título se permite ao capital financeiro e especulativo “residir” nos chamados off-shores (incluindo o da Madeira) e, à banca, pagar menos IRC do que qualquer empresa nacional produtiva?
A que título uma “elite” parasitária saltita do parlamento e cargos governamentais para conselhos de administração de empresas públicas, acumulando chorudas indemnizações, subsídios e reformas?
Pensem nisso. E, depois, digam-me lá se preferem continuar a ser explorados ou se se dispõem a lutar pela vossa dignidade e sobrevivência.
Espero que o façam.
Para bem de todos nós e do país que é o nosso.
Álvaro Fernandes


Comentários dos leitores

heitor da silva 28/2/2009, 21:10

Caro Álvaro: As tuas palavras "soam" como uma pedrada no charco, que provocaria ondas de desassossego, se o Parlamento da burguesia - onde os seus representantes são maiortários - não fosse a maior fraude do nosso tempo. Sistema político duma classe, burguesia, que lhe permite exercer a sua ditadura sobre a maioria - o Povo - cujos autoproclamados representantes, por inépcia e por inércia, contribuem, com a sua presença, como aval do sistema. Reconhecido por alguns como ultrapassado levará tempo a que os trabalhadores deste país assumam a direcção política dum processo que é seu e que os conduzirá à verdadeira democracia:A DEMOCRACIA POPULAR.
H S


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