Quatro encontros MV em Novembro
Trazer a política para a vida
5 Dezembro 2007
No mês de Novembro, tiveram lugar quatro sessões públicas de apresentação do Mudar de Vida e de debate político. A 1, em Coimbra (ja noticiada), a 22, em Lisboa (Grémio Lisbonense), a 23, no Pinhal Novo (SFUA) e a 24, em Aljustrel (Centro de Cultura Libertária). Estas sessões tiveram o apoio de colectividades que encontram na colaboração com o MV a oportunidade de discutir temas políticos ou assuntos de interesse local.
No Grémio Lisbonense, a noite foi calorosa e animada com mais de 150 pessoas a encher a bela sala da segunda mais antiga colec-tividade portuguesa, que se debate com a perspectiva de ser des-pejada em nome de interesses financeiros privados. Depois da apresentação do MV, feita por membros da redacção, intervieram activistas de diversos colectivos para dar conta das suas iniciativas e lutas, em particular um grupo de rappers ligados ao jornal Gueto, de vários bairros de imigrantes africanos (Cova da Moura, Arrentela, etc.), que apelaram vibrantemente à unidade de portugueses e imigrantes contra a exploração, a discriminação e a violência. José Mário Branco, Pedro Branco e o grupo de rappers africanos da Cova da Moura cantaram no final.
O grupo de teatro amador do Pinhal Novo foi o anfitrião do MV, no âmbito das sessões regulares “Artimanha ConVida”. Na primeira parte do encontro, Rui Guerreiro (respon-sável pelo Artimanha) e José Mário Branco falaram das artes inter-pretativas, nomeadamente o teatro, e do seu papel cultural. A conversa abordou depois a comunicação social e a sua importância na organização das lutas. Depois de uma curta apresentação do projecto do jornal, discutiu-se o que pode diferenciar o MV das restantes propostas das esquerdas.
No encontro organizado pelo Centro de Cultura Libertária de Aljustrel, com a participação do colectivo Indymédia e da revista anarquista Alambique, o MV esteve representado pelo jornalista Renato Teixeira. O debate foi animado e permitiu concluir que há neces-sidade de os vários colectivos se encontrarem mais vezes para enriquecerem o debate político.