Sicko

Pedro Goulart — 5 Novembro 2007

sicko.jpgÉ mal conhecida a história das dezenas de milhões de americanos pobres que, nos “democráticos” EUA, não têm direito aos indispensáveis cuidados de saúde. Por isso, é bom ver Sicko, último filme de Mickael Moore, uma denúncia impiedosa do sistema de saúde norte-americano, orientado pelos critérios de lucro máximo das seguradoras e das empresas farmacêuticas.
A história de uma mulher de 22 anos com um cancro que não teve ajuda da seguradora porque não era normal ter um cancro com aquela idade. Ou o caso de um homem com as cabeças de dois dedos cortadas por uma serra eléctrica que teve que escolher qual dos dedos seria reconstituído, visto a seguradora se recusar a pagar os dois. Ou, ainda, a história dos ex-voluntários das operações de limpeza do Ground Zero de Nova Iorque, que Moore levou para tratamento a Cuba, violando o embargo há muito imposto pelos EUA ao fluxo de pessoas e bens para aquele país. São questões como estas, expostas por Moore em Sicko, sobre as quais o espectador pode e deve reflectir.
Aqueles que criticam a espectacularidade dos filmes de Moore não deviam esquecer-se da sociedade do espectáculo em que eles são engendrados.


Comentários dos leitores

Marta Veras 14/10/2009, 22:07

assistindo o documentário, temos a impressão que os médicos nos EUA se formam não para salvar vidas mas para negar atendimento... o que falta nos americanos é mais humanidade.


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