Tópicos
- Aos Leitores (20)
- Breves (968)
- Cartas (44)
- Cultura (41)
- Economia (152)
- Editorial (76)
- Efeméride (50)
- Liberdades (503)
- Mundo (878)
- País (1360)
- Política (1355)
- Sociedade (249)
- Trabalho (446)
- Tribuna (15)
- Ver-Ouvir-Ler (37)
Links
Número de consultas:
(desde 7 Outubro 2007)
Última actualização do site:
20 Dezembro 2024
Tópico: Breves
Um certo cheiro a nazismo
Editor — 20 Março 2020
O modo como o governo de Boris Johnson resolveu de início responder à pandemia do coronavírus foi deixar que a doença se espalhasse para que a população, dizia, adquirisse imunidade — “a imunidade de manada”. Era uma forma de não pôr à vista as debilidades do Serviço Nacional de Saúde, degradado por políticas de desinvestimento, e de evitar o colapso da economia, já de si abalada pelo marasmo geral do capitalismo e pelo Brexit.
A cartilha de Trump
Editor —
1. Designar sempre o coronavírus como “chinês”, para que o povo norte-americano interiorize quem é o seu inimigo.
2. Fechar a fronteira com o México para que os norte-americanos não sejam contaminados. Como alguém lhe fez ver, tal medida só beneficiaria os mexicanos uma vez que, já na altura, havia mais casos de contaminação nos EUA do que no México. Mas Trump não perde ocasião para espicaçar os sentimentos racistas.
Um espelho
Editor — 19 Março 2020
Como um jornal alemão denunciou e o governo de Merkel confirmou, os EUA tentaram comprar o exclusivo de uma vacina contra o coronavírus em estudo na Alemanha. O negócio terá fracassado pela intervenção das autoridades alemãs, mas é, ainda assim, revelador do ponto a que pode chegar a ambição de uma potência imperialista na sua competição com as demais.
FMI nega ajuda à Venezuela
Editor —
O governo venezuelano pediu um empréstimo ao FMI de 5 mil milhões de dólares para fazer frente à epidemia do coronavírus. O pedido foi recusado com o pretexto de que existe um outro “presidente” autoproclamado na Venezuela (o protegido de Washington, Juan Guaidó) e que por isso não há unanimidade entre os países membros do FMI sobre a legitimidade do governo de Nicolás Maduro.
Donde menos se esperava
13 Agosto 2019
Não admira que os patrões, não apenas os dos transportes, tenham tomado como alvo o porta-voz dos camionistas, o advogado Pardal Henriques. À boca pequena e na forma de intriga, tanto lhe são apontadas “ambições políticas” escondidas, como supostos comportamentos “pouco recomendáveis” — como disseram esse outro advogado que representa a Antram (que terá também as suas ambições políticas) e o presidente da Confederação do Comércio (ele mesmo politicamente pouco recomendável).
O que admira é ver Francisco Louçã (SIC, 9 Agosto), e com ele o BE; e também o PCP, seja através do Avante, pela pena de Manuel Gouveia (8 Agosto), ou em notas de imprensa (8 e 12 Agosto), fazerem o mesmo.
Pinochet no Egipto
3 Julho 2019
A “reforma económica” feita no Egipto, em 2016, pela ditadura do general Sisi, com a “ajuda” do FMI, foi glorificada por comentadores financeiros como o mais atractivo caso de reforma do Médio Oriente, da África e da Europa de Leste, e o país declarado como o mercado emergente mais fogoso do mundo. O afluxo de capitais externos em busca de juros fáceis (garantidos manu militari, como no Chile de Pinochet) tomou conta de boa parte da dívida do país: em 2018 a parcela dessa dívida nas mãos de estrangeiros subiu 20% em relação ao ano anterior e a tendência mantém-se em 2019. O reverso desta realidade,
Conselheira presidencial
1 Julho 2019
Desde Novembro passado, os EUA cortaram 700 milhões de dólares de ajudas que se destinavam a combater a epidemia de Ébola na África Central e a apoiar a desminagem de países do sudeste da Ásia, nomeadamente os que foram vítimas das agressões norte-americanas das décadas de 60-70. O corte seguiu-se à publicação no Washigton Post de um artigo louvando a acção do governo de Trump contra o tráfico de seres humanos e condenando os países que, na óptica dos EUA, “não fazem o suficiente” para o combater. O artigo era assinado por Ivanka Trump, filha do presidente e conselheira superior da Casa Branca.
Problema “tecnológico”
15 Junho 2019
“Por cada sete empregos destruídos pelas novas tecnologias, apenas se cria um novo”. A afirmação é do economista espanhol Santiago Niño Becerra, numa entrevista à televisão de Espanha, Maio 2019. Este dado desmente a afirmação, repetida pelos apóstolos do capitalismo, de que “a tecnologia destrói emprego, mas cria outros que agora não existem”. Cria outros, de facto, mas a um ritmo, pelos vistos, sete vezes inferior ao da destruição. Esta evolução, que para a sociedade capitalista é uma dor de cabeça no plano social (que fazer com tanta gente afastada do processo produtivo e do consumo?), é todavia um sinal positivo na perspectiva de uma sociedade futura livre do capitalismo.
Guerra de extermínio
23 Maio 2019
No primeiro trimestre deste ano, a polícia do Rio de Janeiro matou perto de 450 pessoas, uma média de cinco por dia. É um recorde de 20 anos, desde que o Instituto de Segurança Pública regista estes números. A investigadora Daniela Fichino, da organização Justiça Global, afirma que isto se deve à legitimação que é dada à polícia para matar, quer pelo governador do Estado, Wilson Witzel (do Partido Cristão Social), quer pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro. Witzel prometeu durante a campanha eleitoral fazer uso de snipers contra supostos traficantes. Vários dos casos mortais foram efeito de disparos por snipers. Daniela Fichino diz que a maioria das vítimas são negros, no que ela classifica como uma guerra de extermínio dirigida contra a juventude negra.
Liberdade para os presos políticos palestinos
19 Abril 2019
No passado dia 17 comemorou-se o Dia Internacional de Solidariedade com os Presos Palestinos. Várias organizações portuguesas subscreveram um manifesto reclamando a sua libertação, protestando contra as torturas e arbitrariedades a que são submetidos e denunciando a política criminosa do Estado de Israel.
Como é vincado pelo manifesto, promovido pelo MPPM, passaram pelo sistema penal israelita 10 mil presos de 2015 para cá, 850 mil desde 1967 e um milhão desde 1948. Em Fevereiro de 2019, havia nas cadeias israelitas 5440 presos políticos palestinos, incluindo 493 a cumprir sentenças de mais de 20 anos de prisão e 540 condenados a prisão perpétua. Os menores não são poupados: desde 2000, pelo menos 8 mil menores palestinos foram detidos, interrogados e acusados pela justiça militar israelita.
Ver aqui texto completo e lista de subscritores.